É proibido não dormi
E me vi concentrando energia para BUM! Escrever uma grande
história pois grandes histórias nascem quando você olha para elas. Confesso,
tenho ticks no pé, mas não é isso que causa a insônia, esse é o motivo a qual
me concentro em algo, tudo começa ‘no solo dos pés’, da raiz, assim dizendo.
Com pouco, a pessoa que me tira o sono poderá ganhar seus méritos caso esse
escrito venha a cá pegar fama.
Pois tudo que não presta vejo prestar na internet, penso,
porque não as coisas que faço, talvez eu esteja dormindo demais e ao invés de
estar pensando como os pensantes inquietos da madrugada.
Meu sono não se foi, ele só não tem posição para se
acomodar, levanto então. É simples o que vejo, um gato, tem um gato na minha
sala de 9 meses e não castrado, comum para os gatos, não para o meu gato, não
gosto de gatos e nesse exato momento existe uma debaixo da minha janela fazendo
jus, chamando meu gato para dar sua trepadinha felina, penso, até o mundo
animal as fêmeas estão mais decididas, seletivas ou preocupadas com sua
linhagem.
Clichê, de todo o quanto que é ser que acorda no auto da
madrugada que apenas começou e até que eu termine esse texto reto, espero já esta
desmaiadamente linda, esperando o sol acordar primeiro.
Fui ao banheiro descarregar o que a bexiga não suporta mais
e voltar a preenche-la, que tolo NE? Mas funcionamos assim. E reclame você para
vê se não piora, eu fico até quieta.
Me ocorreu de dar uma passada no hospital, não estou
querendo fugir da temática, mas isso me ocorre quando tenho o tempo extra, como
agora, e mesmo assim não gasto que seja usado só para mim. Visitar o hospital
seria uma necessidade de fazer algo fora do que sou ultimamente. Não desejo
gravar para um vlog na madrugada por pensar melhor, vai que da certo?!
Começaria a perder noites e isso me custaria minha beleza juvenil. Minha mãe
sempre me disse: - Não perca noite nas baladas, pois uma noite perdida, precisa
de três para recuperar. Isso deve ser do tempo que ela se criou; essas crianças
que pegarão o grosso das noitadas, devem estar aptas para tal necessidade
corporal.
Esperem , o ser causador do meu despertar hipnótico faz
barulho com passadas pela casa. Pensei que ia me perguntar o que faço sentada
de pernas cruzadas na cozinha, mas ele bem sabe que quando estou com um caderno
e um lápis na mão e começo desenfreada freneticamente com punho para lá e para
cá, ele não deve me interromper, basta o sono.
Lembrei do meu caro padrinho que me apadrinhei, finado
Fernando Pessoa, imagino e sinto como ele deve ter dado o tal ‘insight’ e
escrito em pé a punho todos aqueles ‘x’ poemas (para quem não sabe da história
do poeta português, és uma grande oportunidade).
Esta bem, meu pescoço agora dói, o ser foi para o quarto
quase que inconformado com minha não reação (meu permanecer concentrada no que
fazia sem o notar e foi dormi). E eu acordada, aplausos. Silêncio. Me retiro.